
Eu me lembro com requintes de crueldade da noite que dei início a esse blog. Eu estava perdida. Em uma cidade que eu não conhecia e não entendia. Vivendo uma vida que, exceto por alguns detalhes que foram o que de fato em manteve erguida naqueles tempos, eu achava que não era a minha. E não era mesmo. Eu comecei a escrever esse blog por puro desespero. Não tinha ninguém para conversar além das paredes de um quarto de hotel e por isso resolvi publicar uma página anônima para quem também estivesse à deriva.
Com o tempo, o desespero resolveu voltar para as sombras, onde ele fica calado, apenas à espreita, e eu retomei minha vida. Voltei a encontrar minha alma em alguma esquina ensolarada desse balneário infernal que me acostumei a chamar de casa, voltei a trabalhar com o que acredito e voltei a tentar escrever algo "de verdade". Porém ao revisitar esses poucos posts, vi que o que poderia haver de verdadeiro já fora escrito. O blog perdido, assim como eu, foi finalmente encontrado.
E, assim, resolvi voltar a jogar meus pensamentos sobre esse fundo escuro. Talvez porque eu esteja pensando em voltar para a terapia. Ou quem sabe para recuperar um tom de escrita que me agrada. Ou, quem sabe, para tentar recuperar um pouco da razão, essa realidade mórbida que algum dia se faz tão necessária para nossa sanidade, em meio ao feriado que minha vida se tornou nos últimos anos.
Podem pensar que só alguém insano reclamaria da felicidade. Não creio que eu esteja de fato desdenhando do fato de experimentar uma existência feliz. Muito pelo contrário. Meu desejo é envolver em meus braços esse sentimento que às vezes se faz tão misterioso e apertá-lo com todas as minhas forças para que não fuja. Fundí-lo sob a minha pele, em minha carne, até as entranhas, para que nunca mais possa sair de mim. Porém já estou muito grandinha para saber que o "felizes para sempre" sempre acabará sob uma sepultura e que geralmente os contos de fadas se tornam pesadelos muito antes disso.
É por isso que a felicidade me assusta. Mais que a dor, mais que a melancolia, mais que o próprio medo. A felicidade é um sentimento efêmero e que depende de um tênue equíbilibrio para se fazer presente. Quando penso em todos os elementos da minha vida responsáveis por esse meu atual estado de espírito, minha vontade é devolvê-lo aos remetentes, pois se um deles deixar de ser, cai o meu castelo de cartas e mais uma vez me quedarei sozinha, sem saber para onde ir, tendo só a melancolia como par.
Talvez o melhor seja seguir os manuais da conduta padrão e não pensar no assunto. Viver o momento, quem sabe. Não ser tão teimosa, ou bestimuça, como diria a minha avó. Serve de alento saber que, quando a felicidade falhar, meus companheiros de sempre estarão me esperando, de braços abertos e, talvez, eu me sinta mais confortável na companhia de meus parceiros de longa data.
Com o tempo, o desespero resolveu voltar para as sombras, onde ele fica calado, apenas à espreita, e eu retomei minha vida. Voltei a encontrar minha alma em alguma esquina ensolarada desse balneário infernal que me acostumei a chamar de casa, voltei a trabalhar com o que acredito e voltei a tentar escrever algo "de verdade". Porém ao revisitar esses poucos posts, vi que o que poderia haver de verdadeiro já fora escrito. O blog perdido, assim como eu, foi finalmente encontrado.
E, assim, resolvi voltar a jogar meus pensamentos sobre esse fundo escuro. Talvez porque eu esteja pensando em voltar para a terapia. Ou quem sabe para recuperar um tom de escrita que me agrada. Ou, quem sabe, para tentar recuperar um pouco da razão, essa realidade mórbida que algum dia se faz tão necessária para nossa sanidade, em meio ao feriado que minha vida se tornou nos últimos anos.
Podem pensar que só alguém insano reclamaria da felicidade. Não creio que eu esteja de fato desdenhando do fato de experimentar uma existência feliz. Muito pelo contrário. Meu desejo é envolver em meus braços esse sentimento que às vezes se faz tão misterioso e apertá-lo com todas as minhas forças para que não fuja. Fundí-lo sob a minha pele, em minha carne, até as entranhas, para que nunca mais possa sair de mim. Porém já estou muito grandinha para saber que o "felizes para sempre" sempre acabará sob uma sepultura e que geralmente os contos de fadas se tornam pesadelos muito antes disso.
É por isso que a felicidade me assusta. Mais que a dor, mais que a melancolia, mais que o próprio medo. A felicidade é um sentimento efêmero e que depende de um tênue equíbilibrio para se fazer presente. Quando penso em todos os elementos da minha vida responsáveis por esse meu atual estado de espírito, minha vontade é devolvê-lo aos remetentes, pois se um deles deixar de ser, cai o meu castelo de cartas e mais uma vez me quedarei sozinha, sem saber para onde ir, tendo só a melancolia como par.
Talvez o melhor seja seguir os manuais da conduta padrão e não pensar no assunto. Viver o momento, quem sabe. Não ser tão teimosa, ou bestimuça, como diria a minha avó. Serve de alento saber que, quando a felicidade falhar, meus companheiros de sempre estarão me esperando, de braços abertos e, talvez, eu me sinta mais confortável na companhia de meus parceiros de longa data.
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